22.10.11

Querida Verónika. número-seis






Era aquela melodia dentro da minha cabeça, Verónika. Era aquela sonoridade que provocava as confusões dentro da minha cabeça. Quando eu pensava que estava inteiramente correcta, era na minha entrega pessoal a um registo músico que me fazia ter todas as dúvidas. A batida, sei-a de cor. Há coisas que ainda me magoam. Vou sentir a dor sempre? Mas para isso precisei eu de magoar outros seres para eles sentirem a minha dor? O que sou eu, afinal? Sou uma infinidade de camadas secas, cascas quem saiem com facilidade. Não sei onde é a minha casa, mas eu só quero asas na minha imaginação. Entrego-me com facilidade e saiu tão depressa. Ando cansada de não ter o inteiro contentamento. Entreguei-me eu a uma multidão de coisas, a outros seres a pensar que seria o correcto para mim. Não me julgues, Verónika. Não faças pré-juízos. Analisa a situação como se tratasse de uma psicologia imersa que preenche a mente das pessoas. Eu só quero correcção e estabilidade na minha vida. Fazes-me chegar à conclusão que a incessante busca tremenda de felicidade é uma merda. Sim, merda. Gosto de dar ênfase ao que sinto. A felicidade não se procura, fodasse, a felicidade acontece. E neste tempo todo, eu nunca disse "sinto-me inteiramente feliz."; Nunca senti as borboletas no meu estômago, a palpitação de um ritmo cardíaco acelerado, o esforço e o desejo, o sorriso que um rosto possuí tão grande que não é possível a visualização dos olhos, não saber descrever o que se sente. Mas desta vez, foi diferente. "Quanto mais procuras, menos encontras."
E a felicidade eu não a procurei. Ela é que veio em minha direcção.